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Câncer de Próstata
Quando descoberto precocemente, por meio de exames de rotina feitos preferencialmente a partir dos 40 anos, tem altas taxas de cura.
Mais de 75% dos casos de câncer de próstata no mundo são detectados a partir dos 65 anos. Porém, a incidência aumenta já a partir dos 50 anos de vida. Pacientes nessa faixa etária precisam ficar mais atentos, principalmente quando há histórico familiar de câncer de próstata (pai e irmãos, principalmente) e se os hábitos de vida e saúde não estão adequados (obesidade e tabagismo, por exemplo).
Quais os fatores de risco para o câncer de próstata?
Os motivos que levam ao desenvolvimento deste tipo de câncer não são totalmente conhecidos, mas os estudos sugerem que predisposição genética e hábitos de vida (estresse e má alimentação) podem estar entre os fatores envolvidos.
Outros fatores de risco são:
- Idade: o risco aumenta com a idade, sendo mais comum em homens acima dos 65 anos.
- Histórico familiar: histórico da doença em parentes de primeiro grau (pai e irmãos) aumenta as chances do desenvolvimento da doença.
- Etnia: homens negros têm um maior risco de ter câncer de próstata e também de desenvolver a doença mais cedo.
O câncer de próstata apresenta sintomas?
Na imensa maioria dos casos, não. Quando em fases iniciais, o câncer de próstata se apresenta praticamente assintomático, mas é justamente nessas fases que as chances de cura são enormes. Quando diagnosticado precocemente, estima-se que o percentual de cura fique em mais de 90%, com eficácia e sucesso na cirurgia (se necessária) e maiores chances de retomar a vida normal anterior ao tratamento. Em fases mais avançadas, pode levar a sangramentos, dores e dificuldade para urinar.
Por ser tão silencioso, é fundamental as visitas constantes ao urologista a partir dos 40 anos.
E quando devo começar os exames de check-up da próstata?
O check-up é o meio mais efetivo para o diagnóstico precoce do câncer de próstata. É indicada a realização de exames de forma rotineira nas seguintes situações:
- Após os 50 anos, rastreamento para todos os pacientes;
- A partir de 45 anos, rastreamento para afrodescendentes ou pessoas com histórico familiar de câncer de próstata;
- A partir de 40 anos, para homens com forte histórico familiar da doença, como por exemplo, com três ou mais parentes de primeiro grau com diagnóstico de câncer de próstata.
Ao realizar sua consulta, além do rastreamento de riscos feito em consultório por meio de perguntas simples, dois tipos de exames podem ser solicitados, a depender dos fatores de risco:
- Antígeno Prostático Específico (PSA): É uma proteína produzida pela próstata. Em casos de câncer de próstata, ocorre aumento nos níveis de PSA e, assim, com um simples exame de sangue, é possível detectar essa alteração.
- Exame de toque retal: Este exame é fundamental, pois nele é possível avaliar a consistência da próstata. Em situações normais, a próstata tem consistência mais amolecida, já na presença de câncer de próstata esta consistência muda para um tecido mais duro e, muitas vezes, é possível palpar um nódulo característico da doença.
Quando são feitos exames de forma preventiva e rotineira, é possível realizar o diagnóstico do tumor em sua forma inicial, antes mesmo de causar sintomas.
Na suspeita da doença, como confirmar o diagnóstico?
Na suspeita da doença, pode ser necessária a realização de biópsia de próstata para confirmação diagnóstica. A ressonância multiparamétrica da próstata, muitas vezes, é realizada antes da biópsia, com objetivo de auxiliar na localização do ponto a ser biopsiado, ou após a realização da mesma, com objetivo de planejamento cirúrgico.
O Câncer de próstata possui uma pontuação?
Sim e esta pontuação é atribuída microscopicamente pelo médico patologista. Esta classificação chamamos de Escore de Gleason.
O Escore de Gleason varia de 6 a 10 e tumores com classificação 6 tendem a ser menos agressivos, já tumores com nota 8 ou maior tendem a ser mais agressivos e de alto risco.
Quais as opções de tratamento para o câncer de próstata?
Com o diagnóstico precoce e o achado de câncer de próstata em suas fases iniciais, as chances de cura são muito altas e podem ser maiores que 90%. Após concluído o diagnóstico , algumas condutas podem ser adotadas:
Vigilância ativa ou observação vigilante
É o acompanhamento de pessoas com tumores de próstata com pouca agressividade. Logo, é uma opção para pacientes com tumores de muito baixo risco e que preencham critérios específicos para esta modalidade. Ela envolve o acompanhamento do tumor de forma regular e, em caso de progressão ou crescimento, realizar o seu tratamento específico. A principal desvantagem da vigilância ativa é o risco da progressão da doença e do câncer crescer e se espalhar, diminuindo assim as chances de cura.
Tratamento cirúrgico – Prostatovesiculectomia radical ou Prostatectomia radical
É a remoção cirúrgica de toda a próstata e vesículas seminais. Apresenta altos índices de cura e pode ser realizada por cirurgia aberta ou Cirurgia Robótica. Esta última proporciona uma recuperação mais rápida, com menor sangramento, menor dor pós-operatória, menor tempo de internação e menores índices de infecção de sítio cirúrgico. O procedimento é realizado em ambiente hospitalar, sob anestesia geral e, frequentemente, o paciente recebe alta para casa em 24-48 horas após a cirurgia.
Radioterapia
Consiste na emissão de radiação ionizante para o tecido prostático, com objetivo de destruição do tumor. São realizadas sessões diárias, cerca de 30 a 40 sessões. Os principais riscos ou complicações são a inflamação do reto (retite actínica), da bexiga (cistite actínica) que pode levar a sangramento retal ou urinário.
Outras opções de tratamento podem ser necessárias em outras situações ou em complementação aos tratamentos citados acima.
E após o tratamento para o Câncer de próstata? Ficarei impotente? Não irei conseguir segurar a urina?
Talvez um dos principais receios de todos os pacientes quando do diagnóstico do câncer de próstata seja os possíveis efeitos do tratamento, principalmente os relacionados à masculinidade e ao controle urinário. A medicina evoluiu muito e, com isso, a tecnologia utilizada na realização de procedimentos. Sabemos que os riscos de impotência sexual e incontinência urinária existem tanto para pacientes que optam pela radioterapia quanto para os que fazem tratamento cirúrgico. Porém, com o avanço tecnológico e o uso da Cirurgia Robótica, estes riscos de incontinência urinária e disfunção erétil reduziram muito.
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