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Disfunção Erétil

Disfunção erétil ou impotência sexual é a incapacidade do homem em ter ou manter uma ereção do pênis o suficiente para um ato sexual satisfatório.

Diversos motivos podem ocasionar o problema, variando desde questões emocionais ou psicogênicas até problemas fisiológicos que envolvem o fluxo limitado de sangue para o pênis durante a ereção.

A disfunção erétil é comum em homens com mais de 40 anos, sendo que cerca da metade dos indivíduos acima desta idade apresentam queixas relacionadas à ereção. No Brasil, estima-se que cerca de 16 milhões de homens apresentam este problema.

O mecanismo de ereção envolve questões emocionais e físicas, sendo que os principais fatores de risco são:

  • Estresse;
  • Ansiedade;
  • Uso de álcool;
  • Tabagismo;
  • Sedentarismo;
  • Obesidade;
  • Diabetes Mellitus;
  • Dislipidemia e Síndrome metabólica;
  • Uso de anabolizantes;
  • Medicações que interfiram no processo de ereção;
  • Problemas hormonais diversos como queda de testosterona, aumento da prolactina e problemas na tireóid;e
  • Cirurgia de prostatectomia radical para tratamento de câncer de próstata.

Nem sempre a disfunção erétil se apresenta com a perda repentina da ereção. Muitas vezes, os sintomas iniciais podem estar relacionados ao controle insatisfatório da ejaculação ou a momentos em que o paciente apresenta dificuldade de ereção.

Em outros casos, pode ocorrer uma perda da qualidade da ereção, ou seja, o pênis fica menos rígido do que habitualmente era, levando a dificuldade no ato sexual.

Disfunção erétil e Doença Coronariana

A associação entre disfunção erétil e doença coronariana tem forte relação e é citada em diversos estudos. A impotência na ereção causada por obstrução de artérias penianas pode ter a mesma causa da obstrução das artérias coronarianas. Logo, além do problema em si, os estudos também alertam que a disfunção na ereção pode servir como aviso de problemas cardiovasculares.

Ultrassom doppler com fármaco ereção

Este é um dos exames mais importantes para investigação de problemas vasculares relacionados à ereção, como os distúrbios arteriais e os escapes venosos.

Consiste na aplicação de uma medicação no penis através de uma seringa com agulha fina que tem por objetivo aumentar o fluxo sanguíneo para a região e observar se há uma ereção plena.

Com a ereção induzida, é possível fazer a avaliação do fluxo sanguíneo de entrada e saída do pênis, além de avaliar rigidez, deformidades e outros aspectos.

É um exame pouco invasivo, praticamente indolor, sem radiação e que permite avaliação das câmeras penianas. Este exame também é muito útil para avaliação da Doença de Peyronie.

Opções de tratamento

O tratamento irá depender do motivo que está levando o homem a ter problemas relacionados à ereção. Algumas vezes, associado ao tratamento urológico, é necessário realizar terapia com sexólogo.

Mudança de estilo de vida

Em situações em que o problema de ereção é de origem vascular, é fundamental avaliar e tratar os fatores de risco envolvidos como tabagismo, obesidade, sedentarismo e má alimentação.

A perda de peso através de uma dieta saudável e equilibrada bem como a prática de exercícios físicos regulares podem melhorar a função sexual. Além disso, também é importante ter atenção à qualidade do sono, ao uso de drogas e de álcool e ao tabagismo.

Medicamentos via oral

Há disponível diversas opções de medicações orais para ereção que podem ser usadas diariamente ou sob demanda (algumas horas antes do ato sexual). Estas medicações pertencem a classse dos inibidores da fosfodiestase 5 (IPDE-5) e o seu mecanismo de ação é em aumentar o fluxo sanguíneo peniano, podendo então, melhorar a qualidade da ereção.

Estas medicações têm por objetivo a melhora do fluxo sanguíneo peniano e são seguras desde que utilizadas somente após avaliação médica especializada.

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Injeção intra-cavernosa

A injeção de medicamentos diretamente no pênis feita pelo próprio paciente é uma segunda linha de tratamento para quem não obteve melhora com a medicação oral. É uma alternativa bem tolerada em que o paciente faz a aplicação do líquido injetável minutos antes do ato sexual. Este tratamento é seguro desde que realizado sob orientação médica.

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Prótese peniana

A prótese peniana é a última alternativa, realizada somente nos casos em que não houve resultados satisfatórios com o uso de medicações orais ou injeção intracavernosa. Ela permite que ocorra novamente ereção com altos índices de satisfação e poucas complicações. Os pontos positivos da prótese peniana são vários e não apenas relacionados a retomada dos atos sexuais, mas também da recuperação da autoestima, confiança e masculinidade.

E quais os tipos de próteses disponíveis?

Existem dois principais tipos de próteses disponíveis: maleável (ou semirrígida) e inflável.

A prótese maleável é composta por duas hastes implantadas dentro dos corpos cavernosos do pênis e tem por objetivo dar sustentação e boa rigidez permitindo um ato sexual satisfatório.

Estas hastes são envoltas por silicone que auxiliam no disfarce da ereção no dia a dia, ou seja, é possível acomodar o pênis para os lados ou para baixo. Não apresentam vazamentos de líquidos e normalmente não há necessidade de trocar a prótese.

Ao contrário da prótese peniana inflável, nenhuma bomba é necessária para iniciar a ereção, sendo que no momento do ato sexual, basta colocar a prótese em posição ereta para realização do ato sexual.

Não há qualquer interrupção no fluxo de urina ou ejaculação. O paciente pode ter orgasmos normalmente e ele mesmo determina quando deseja colocar o pênis em repouso.

Em geral, os pacientes podem retomar a atividade sexual entre 4 e 6 semanas após o procedimento.

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Imagens ilustrativa de modelos de prótese maleável
Já a prótese peniana inflável tem um mecanismo de funcionamento diferente e mais sofisticado. É composta pela prótese em si, um reservatório e uma bomba, a qual fica localizada na região escrotal.

A ativação da prótese é feita pelo próprio paciente através da manipulação desta bomba que aciona o sistema hidráulico e permite que o soro fisiológico contido no reservatório percorra os cilindros e proporcione a ereção para o ato sexual. Para retornar ao estado flácido, basta acionar a bombinha novamente para que o líquido retorne ao reservatório.

Ela é considerada uma opção mais discreta para o dia a dia.

Assim como na prótese maleável, também não há qualquer interrupção no fluxo de urina ou ejaculação e o orgasmo ocorre normalmente.

Em geral, os pacientes podem retomar a atividade sexual entre 4 e 6 semanas após o procedimento.

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Imagem ilustrativa de modelo de prótese inflável. Acima está a prótese peniana e abaixo, a bomba à esquerda e o reservatório à direita.

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Foto demonstrando o acionamento da bomba para enchimento da prótese

E o que muda após o implante de uma prótese?

Há muito receio quanto às mudanças que podem ocorrer após a colocação de uma prótese peniana, mas a verdade é que os relatos de satisfação são enormes.

Após a cirurgia, o paciente pode retomar sua vida sexual e esta talvez seja a principal mudança. Além disso, a sensibilidade peniana, prazer, orgasmo e ejaculação ocorrem normalmente.

Ondas de choque

O tratamento da disfunção erétil por ondas de choque tem por objetivo a emissão de ondas de baixa pressão acústica diretamente no pênis que promovem a formação de novos vasos sanguíneos, a neovascularização.

Este tipo de tratamento é mais recomendado para casos em que a disfunção na ereção é de origem vascular e tem maior eficácia para casos leves e moderados.

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imagem ilustrativa de onda de choque para o tratamento da disfunção erétil

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