Especialidades
Reposição Hormonal Masculina
O estilo de vida pode influenciar nos níveis de testosterona?
Sem dúvida, esta pode ser a principal causa da queda nos níveis de testosterona.
Aqui temos um ciclo vicioso, onde o excesso de peso e aumento da circunferência abdominal naturalmente levam a resistência à insulina, hiperinsulinemia e síndrome metabólica e, por consequência, a queda da produção de testosterona pelos testículos.
Estes homens apresentam uma dificuldade muito grande de mudança no estilo de vida, pois a queda de testosterona leva a uma perda de massa muscular, além da disposição para atividade física, o que leva a um aumento de peso ainda maior.
Outros aspectos importantes são o estresse e a qualidade de sono. Estes são dois pontos fundamentais para a boa produção de testosterona – qualidade de vida, manejo do estresse e uma boa noite de sono, pois sabe-se que a maior parte da testosterona é produzida nas primeiras quatro horas do sono profundo.
Quem deve realizar a reposição de testosterona?
A principal indicação para reposição é em homens com sintomas clínicos compatíveis associados à queda deste hormônio em exame.
A reposição de testosterona aumenta os riscos de câncer de próstata?
A reposição hormonal com testosterona, quando devidamente acompanhada e avaliada por profissional especialista nesta área, é segura e não aumenta as chances de câncer de próstata.
Quem não deve realizar a reposição de testosterona?
As principais contraindicações para a reposição hormonal são:
- homens com forte histórico familiar de câncer de próstata ou aqueles com alta suspeita da doença;
- homens com apnéia do sono não tratada;
- homens com aumento significativo da próstata associado à dificuldade para urinar.
O uso de testosterona pode prejudicar a fertilidade masculina?
O uso de testosterona sem orientação e sem uma indicação adequada pode inibir o eixo hormonal (hipotálamo – hipófise – testicular), prejudicar a produção de espermatozóides e, por consequência, deixar o homem infértil.
Logo, homens saudáveis, especialmente aqueles que ainda planejam ter filhos, não devem realizar o uso deste hormônio.
A reposição hormonal pode melhorar a ereção?
A testosterona atua em vários mecanismos relacionados à ereção. O que antigamente se pensava ser apenas distúrbios psicogênicos, hoje sabemos que a testosterona pode sim ter associação com estes distúrbios.
A reposição de testosterona, se indicada, pode sim promover uma melhora na qualidade da ereção, sem contar que homens com níveis de testosterona normais tendem a ter uma melhor resposta às medicações facilitadoras da ereção, como Viagra, Cialis e outros.
Quais as formas de reposição de testosterona?
1. Cremes ou Gel:
São opções interessantes e com bom resultado em atingir níveis séricos adequados. O inconveniente é a aplicação diária e o maior custo.
2. Injetáveis de curta duração:
Consiste na aplicação intramuscular, com intervalo a cada 10 a 20 dias. São opções de baixo custo e com boa resposta em atingir níveis séricos de testosterona.
No entanto, essa forma de reposição eleva consideravelmente a testosterona sérica, levando a picos supra-fisiológicos.
Assim, pontos que podem ser negativos e que devem ser considerados são a necessidade de ajuste de dose para evitar picos supra-fisiológicos e a aplicação em intervalos curtos, devido a curta ação da medicação.
3. Injetáveis de longa ação:
Opções para aplicação intramuscular com intervalo maior, a cada 3 meses, porém também podem levar a picos supra-fisiológicos. O ponto negativo é o seu elevado custo.
4. Implantes Hormonais (Pellets):
Estas opções apresentam melhor biodisponibilidade, pois a liberação de testosterona ocorre de forma lenta e gradual, levando a níveis séricos de testosterona adequados. Não fazem picos supra-fisiológicos e podem durar até 6 meses, dependendo da dose implantada. São absorvíveis, ou seja, não precisam ser retirados.
Os pontos negativos são o elevado custo e a necessidade de um procedimento com anestesia local para o implante dos Pellets.
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